Sob protestos de professores em greve há mais de 50 dias e alunos sem aulas pelo mesmo período, o governador da Bahia, Jaques Wagner, lançou na manhã da última quinta-feira (31/5), no Espaço D, em Teixeira de Freitas, o chamado Plano de Desenvolvimento Sustentável da Costa das Baleias.
Um capítulo à parte, durante a visita de Jaques Wagner a Teixeira de Freitas, foi protagonizado pelos professores da rede pública estadual que, hoje, completam 53 dias de greve. Em apoio, os alunos também se fizeram presentes e, juntos, gritaram palavras de ordem em frente ao Espaço D.
“Traidor! Traidor! Traidor!”, gritavam professores e alunos do lado de foram do Espaço D. Em função disso, a segurança teve que ser reforçada a visita de Jaques Wagner a Teixeira de Freitas.
O dia de ontem, além das manifestações feitas em Teixeira, foi marcado por mobilizações em Salvador, capital da Bahia, onde os estudantes – a maioria com os rostos pintados e usando nariz de palhaço e apito – se concentraram no início da manhã em Pituaçu e de lá seguiram em passeata até o Centro Administrativo, carregando faixas e cartazes com palavras de ordem pelo fim da greve e a retomada das aulas.
Governador conversou com sindicalistas
Já os professores estaduais se concentraram em Ondina, no local conhecido como Praça das Gordinhas, de onde seguiram em passeata até o Farol da Barra. A eles se juntou um grupo de professores de escolas particulares de Salvador, que também entraram em greve no início desta semana.
Os manifestantes conduziam cartazes e faixas pedindo a retomada das negociações com o governo do estado. A passeata provocou engarrafamento na região da orla durante toda a manhã.
Forte esquema policial foi montado do lado de fora para conter manifestantes
Durante seu discurso em Teixeira de Freitas, ao fazer referência à greve dos professores, o governador foi rebatido pela representante da APLB-Sindicato na cidade, a professora Francisca Brasília Marques. Durante alguns minutos eles travaram um bate-boca no melhor estilo governador/sindicalista. Wagner alegava que não há recursos no orçamento para um reajuste acima do concedido, Brasília dizia que mais de 40 mil professores estão passando fome na Bahia.
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