» » Medicação errada quase mata criança de 9 meses, afirmam familiares


Uma criança de apenas nove meses de idade, quase morreu após um erro de uma técnica em enfermagem, no Hospital São Paulo em Teixeira de Freitas. A funcionária, que não teve o nome divulgado pela administração do hospital, trocou o medicamento que seria aplicado e a criança precisou ser transferida as pressas para cidade de Vitória no Espírito Santo, segundo afirmou familiares da vítima.
O caso aconteceu no dia 19 de março, depois que a criança, acompanhada da mãe, moradora do município vizinho em Itamaraju, deu entrada no Hospital São Paulo com quadro clínico de Bronquiolite e início de pneumonia.
Após uma consulta a médica alergista pediatra, Taciara Scalzer, sugeriu que a criança ficasse em observação, tomando a medicação no próprio hospital, já que o paciente possui plano de saúde e seria mais recomendado.
No mesmo dia, a tarde, a mesma médica receitou a criança o medicamento Penicilina Cristalina de uso endovenoso, mas por um erro, a técnica em enfermagem, trocou o medicamento receitado, e aplicou na veia da criança, Penicilina Benzantina, (Benzetacil), de uso exclusivo via intramuscular, ou seja, que é aplicado diretamente dentro do músculo, e de maneira alguma poderia ser injetado na veia de um paciente.
Após a medicação, ainda sem a descoberta do erro, a criança ficou no quarto com a mãe, que percebeu algo errado. A criança ficou roxa, e começou a suar. Uma equipe e a médica que estavam em outro andar do hospital, foram chamados e aplicaram um antialérgico no paciente e o encaminhou UTI pediátrica localizada em Vitória no Espírito Santo.

A criança seria levada pelo serviço de UTI aérea da Unimed no mesmo dia, mas por causa do mal tempo, a unidade não pode fazer o pouso. O paciente passou a noite no hospital respirando com ajuda de aparelhos e só foi transferida no dia seguinte.
A médica Taciara Scalzer relatou todo o erro em laudo médico, justificando a transferência em razão da ocorrência de "cianose com queda de saturação" (coloração roxa por falta de oxigênio no sangue) e "taquidispnéia" (respiração rápida e difícil) com risco de embolia pulmonar e outras complicações.
A criança permaneceu internada na UTI em Vitória por seis dias. O acaso foi registrado na 8ª Coordenadoria de Polícia do Interior em Teixeira de Freitas. De acordo com, Ludmila da Silva Gusmão, advogada da família, a criança passa bem, mas terá que passar por acompanhamento médico para certificar de que não houve sequelas.
Ainda segundo a advogada, a família da vítima já deu entrada no processo judicial contra o Hospital com um pedido de indenização por danos materiais e morais na segunda vara Cível Teixeira de Freitas.

No início da tarde desta segunda-feira, 9 de abril, o médico cardiologista, João Bosco, diretor do Hospital São Paulo, confirmou que a medicação realmente foi trocada e causou alergia na criança. Assim que o erro foi descoberto, o medicamento teria sido suspenso. Em seguida a criança teria feito uso de um antialérgico e recuperou o comportamento clínico adequado, mas por medidas preventivas o hospital resolveu transferir o paciente para acompanhamento médico, na UTI em Vitória.
“A família foi comunicada, e explicado que a transferência era por segurança, pois nestes casos a reação mais temida seria uma embolia pulmonar, e isso só ocorre no momento da administração do medicamento, como não havia ocorrido, certamente não ocorreria mais. Em se tratando de uma criança de nove meses com infecção pulmonar, nós achamos que seria mais seguro a transferência para uma UTI Pediátrica onde ela pudesse terminar seu processo de recuperação com todas as garantias”, disse João Bosco ressaltando que do ponto de vista clínico a criança não apresentava nada que exigisse uma transferência imediata.
João Bosco disse ainda que até o momento o Hospital não foi comunicado a cerca de qualquer processo referente ao caso, e colocou o prontuário da criança a disposição para qualquer auditoria. “Nosso interesse maior era proteger a vida e a saúde da criança e isso fizemos com todos os meios que estavam ao nosso alcance”, afirmou.
O diretor do Hospital também esclareceu que a técnica em enfermagem que administrou a medicação é uma profissional experiente, porém era recém ingressada no quadro de voluntários do Hospital São Paulo. Para ele o que aconteceu foi uma infelicidade, que acabou acarretando no desligamento da profissional do quadro de funcionários.
João Bosco destacou que todos os profissionais contratados pelo Hospital São Paulo, passam por rigorosos procedimentos, como análise curricular, avaliações psicológicas, além das referências.
Por telefone a reportagem do Sulbahianews tentou conversar com a médica Taciara Scalzer, e sua secretária, Lucia Bitencourt informou que ela não irá se pronunciar sobre o assunto.

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